A Segunda Geração Romântica

A segunda geração romântica foi marcada pela melancolia, tédio e morte: um sentimentalismo que tomou conta dos poetas desta época. Também mostrou um tipo de liberdade em poder descrever os seus próprios sentimentos. Havia um tipo de êxtase e tormento.
Também conhecido como ultrarromantismo, a segunda geração romântica aconteceu no Século 19 e tem, no Brasil, seu principal representante em Álvares de Azevedo.
O “eu, eu mesmo, meu” tem um papel muito grande nesta época: em comparação com o Arcadismo, que queria voltar para onde pertencemos, isto é, as raízes clássicas gregas e à natureza e vida no campo.
O ultrarromantismo ainda possui o conhecido de byronismo: a influência de um poeta chamado Byron que ia contra a moral e religião da época.

A segunda geração romântica pode ser mais visualizada na poesia. A prosa romântica segue um “cronograma” diferenciado.

Soneto
Álvares de Azevedo

Perdoa-me, visão dos meus amores,
Se a ti ergui meus olhos suspirando!…
Se eu pensava num beijo desmaiando
Gozar contigo uma estação de flores!

De minhas faces os mortais palores,
Minha febre noturna delirando,
Meus ais, meus tristes ais vão revelando
Que peno e morro de amorosas dores…

Morro, morro por ti! na minha aurora
A dor do coração, a dor mais forte,
A dor de um desengano me devora…

Sem que última esperança me conforte,
Eu – que outrora vivia! – eu sinto agora
Morte no coração, nos olhos morte!

No texto acima, é possível notar todos os elementos da Segunda Geração Romântica: a centralização no eu, a melancolia, a tristeza e, finalmente, a morte.